Sexta-feira, 16 de Março de 2007

A semana em cartoon: o primeiro (mini-pseudo-) crash das bolsas ditado pela China

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Segunda-feira, 27 de Novembro de 2006

Atribulações de uma portuguesa na China

Também poderia ser este o nome do mimiwo, o excelente blog de Rafaela Teves, de quem nada conheço e de quem pouco é dado a saber pela leitura dos posts, mas que não tem qualquer importância na qualidade e no interesse do que é escrito (por exemplo - e até os títulos são parte integrante desse interesse - o mais recente "Lição 6 || Revolução Cultural", ou o que primeiramente me chamou a atenção, "Os nervos também se podem adiar || O futuro será brilhante", ou ainda "E aos não sei quantos dias, eles desbloquearam o blogspot..."), a merecer desde já este destaque e a consequente ida directa para a coluna dos irredutíveis gauleses!
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Terça-feira, 10 de Outubro de 2006

Ondas de choque nuclear

Na primeira vaga da onda de choque perante a confirmada "nuclearização" da Coreia do Norte, eis dois artigos do Público de hoje (continuam a não disponibilizar livremente a totalidade dos conteúdos, pelo que continuarei a não linkar) e que se debruçam sobre a reacção político-diplomática da China - os dilemas que Pequim enfrenta, e como do seu ponto de vista uma Coreia do Norte nuclear talvez não seja tão má assim.. - e sobre os Estados Unidos - como Washington está neste momento de mãos completamente atadas.

Sobre a China:

"China, o Estado "mais embaraçado" do mundo

"Nenhum outro país deve estar hoje mais embaraçado e inquieto do que a China." Ralph Cossa, do Fórum Pacífico CSIS, de Honolulu, resumiu assim à AFP os efeitos do ensaio norte-coreano para Pequim, principal aliado de Pyongyang e o país que mais tem pressionado para uma abordagem branda da crise nuclear. A China tem investido muita diplomacia neste dossier; agora prepara-se para assistir ao seu fracasso.
Não admira, por isso, que as reacções de Pequim tenham sido particularmente duras para os padrões chineses, condenando pela primeira vez o programa nuclear do regime de Kim Jong-il e o seu acto "descarado". "A China exprime a sua firme oposição" ao ensaio, declarou um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros citado pela AP. Pyongayng "desafiou a oposição universal da comunidade internacional".
A agência AFP salientava ontem uma opinião praticamente unânime entre os especialistas: o regime de Kim Jong-il nunca teria ido tão longe no seu desafio à comunidade internacional, se não fosse a sua aliança com a China, encarada como uma garantia de protecção.
Pequim tem cartas importantes a jogar: garante quase metade da ajuda financeira recebida pela Coreia do Norte (que no ano passado recebeu 92 por cento do total de auxílio alimentar chinês). O factor não é minimizável, num dos países mais pobres do mundo, que ciclicamente atravessa períodos de fome severa. Esta seria talvez a única arma eficaz, dizem os analistas, para fazer o regime de Kim baixar a escalada.
Mas dificilmente o descontentamento de Pequim se traduzirá em apoio a operações bélicas. "A possibilidade de uma acção militar contra a Coreia do Norte é mínima", afirma Li Dunqiu, do State Council Development Research Center. A oposição chinesa terá mesmo impedido que a ameaça constasse do comunicado do Conselho de Segurança da ONU que se seguiu aos disparos de mísseis, em Julho.
A AFP avançava ontem com algumas explicações para a resistência chinesa a sanções militares. Aliado do Norte na Guerra da Coreia (1950-53, em que o Sul recebeu o apoio dos EUA), a China não pretende ver o regime desmoronar-se. Isso faria, além do mais, com que um fluxo de norte-coreanos muito difícil de conter atravessasse a fronteira com o país vizinho - um factor de desestabilização que Pequim pretende evitar. "Tenho a certeza que mesmo que a China esteja muito furiosa com a Coreia do Norte, não a vejo a cortar os canais de ajuda financeira, alimentar ou energética", comentou Brian Bridges, da Universidade Lingnan, em Hong Kong.
Novas negociações improváveis
O regime de Pequim tem apostado no dossier coreano uma grande parte das suas energias diplomáticas, pretendendo, entre outros factores, um papel de maior relevo na cena internacional, à altura do seu crescente poderio económico. Desde 2003, quando começaram as rondas a seis (duas Coreias, China, EUA, Rússia e Japão) arquitectadas por Pequim, que os esforços se concentram sobretudo na tentativa de levar ou manter o regime norte-coreano à mesa das conversações. Um cenário que agora parece demasiado distante para permitir optimismos.
Por isso, o teste está a ser visto como um duro golpe na diplomacia de Pequim. No entanto, o Asia Times Online apresentava ontem uma perspectiva diferente: "A emergência da Coreia do Norte como potência nuclear [...] tem sido vista pela China como um mal que pode ser contido e até ser útil no contrapeso à presença militar dos EUA na região."
O mesmo artigo questionava ainda a verdadeira influência que Pequim pode exercer sobre o regime estalinista. E cita um académico chinês, Shen Dingli, da Universidade Fudan de Xangai: "[Pyongyang] não vai abdicar da sua garantia de independência em segurança nacional, ganha através de testes nucleares, só por causa das preocupações chinesas e da possibilidade de a China pressionar."
(Fernando Gorjão Henriques)


Sobre os Estados Unidos:

"E agora, quais são as opções dos EUA?

"Foi o próprio negociador norte-americano do dossier nuclear, Christopher Hill, quem afirmou: "Os Estados Unidos não vão viver com uma Coreia do Norte nuclear. Não o iremos aceitar."A questão agora é: como o impedir?
O país de Kim Jong-il foi incluído no "eixo do mal" em 2001, mas Washington pouco ou nada conseguiu para o aproximar da comunidade internacional e afastar o espectro de um regime obscuro dotado de arsenal atómico.
Este é mais um revés na diplomacia de Washington, a juntar-se à situação do Iraque pós-Saddam e à incapacidade de conseguir do Irão a suspensão do seu programa nuclear.
Não foram traçados planos de transição democrática para a Coreia do Norte, como aconteceu para o Irão e Cuba. E também não se espera uma intervenção militar, esgotados que estão os recursos norte-americanos no Iraque e Afeganistão; para além disso, um ataque poderia desencadear uma resposta imprevisível do regime, que agora entrou para o clube das potências nucleares.
A Administração americana tem mantido ao longo dos quatro anos de crise uma posição quase inflexível face a Pyongyang. À exigência norte-coreana de negociações bilaterais os EUA têm respondido com um constante "não", apontando o caminho para as rondas a seis.
Há quem defenda que Washington deveria ter cedido mais para não atiçar tanto Kim Jong-il. Ivo Daalder, investigador da Brookings Institution, escreveu um artigo em Julho (depois dos disparos de mísseis norte-coreanos) a realçar que a política norte-americana para a Coreia do Norte tem assentado em dois pressupostos: primeiro, não se deve negociar com actores mal- intencionados como Kim Jong-il; "não se pode confiar neles e todos os compromissos que fazem não valem o papel em que são escritos". Tentativas de negociação serão vistas como fraquezas. O segundo é que a Coreia do Norte está num estado tão desesperado que com um pouco mais de isolamento o regime entrará em colapso. "Ambos estão igualmente errados", escreve Daalder. No final, conclui: "Sim, a política de Bush para a Coreia do Norte é um fiasco. Mas não contem com uma alteração em breve."
O cenário adensou-se ontem. Perante a realidade de um ensaio, Washington terá de intensificar as suas pressões sobre a China e os outros países da região para conter Pyongyang, ou mesmo contribuir para uma mudança do regime norte-coreano, salientavam ontem analistas ouvidos pela AFP.
"Os EUA têm duas opções: aceitar uma Coreia do Norte nuclear, ou fazê-la mudar de regime", afirmou Ralph Cossa, do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais de Honolulu. Esta última opção não terá de passar necessariamente por uma intervenção militar, diz. As sanções políticas e económicas poderão ser suficientes.
Mas para isso teria de contar com a ajuda de Pequim, o que poderá ser uma missão quase impossível (ver texto nestas páginas). "Isolar ou não o Norte é uma questão que apenas Seul e Pequim podem decidir, não Washington", adiantou Daalder. "[Os EUA] ficaram sem sanções."
O ano passado, Washington impôs sanções financeiras a Pyongyang e tomou medidas contra os bancos que, em Macau, branqueavam dólares falsos produzidos na Coreia do Norte. Um gesto que teve como resposta do regime de Kim o afastamento da mesa das negociações.
Segundo analistas ouvidos pela AFP, nova restrições poderiam incluir a intercepção obrigatória de barcos e aviões suspeitos de transportar armas de destruição maciça.
Joseph Cirincione, do Center for American Progress, duvida da eficácia destas medidas: "As sanções não serão suficientes para obrigar a Coreia do Norte." "Não os podemos obrigar a renunciar [às armas nucleares]. A história demonstra-o. Nenhum país alguma vez renunciou a um programa nuclear ou às armas nucleares pela força, mas muitos fizeram-no por serem convencidos a fazê-lo."
(Fernando Gorjão Henriques)
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Quarta-feira, 20 de Setembro de 2006

China, a superpotência do séc. XXI

"A China anunciou ontem o envio de mil soldados para a força de manutenção de paz das Nações Unidas no Sul do Líbano. O contingente é o maior proposto por Pequim desde a sua primeira participação numa missão da organização, em 1989, na Namíbia, e mostra que a China quer ter um papel no Médio Oriente e apresentar-se como uma potência que contribui para a paz mundial. (...)
A China tem vindo a aumentar ofertas para participação em missões de paz. Em 2003 enviou 550 soldados para a Libéria e outros 175 para a República Democrática do Congo, lembra a BBC on-line. Também contribuiu para outras missões, do Haiti à Bósnia, passando por Timor. (...)
O correspondente da estação de televisão britânica em Pequim, Dan Griffiths , nota que a China quer melhorar as suas relações com os países ricos em petróleo, de que necessita para alimentar a sua economia em crescimento acentuado. O Líbano não tem petróleo, mas uma participação chinesa forte no país dá o sinal de que Pequim quer ter um papel na região.
Para além disso, continua Griffiths , a oferta assinala o desejo da China em começar a desempenhar um papel na arena diplomática. É ainda um modo de contrabalançar as suspeições suscitadas pelo seu desenvolvimento económico. "A China quer passar uma mensagem para o resto do mundo de que não é uma ameaça para outros países", diz o jornalista da BBC.
Na conferência de imprensa conjunta, Romano Prodi comentou o anúncio de Wen Jiabao : "Mostra que a China está a assumir cada vez mais responsabilidade internacional". Assim, "a Itália inclina-se para o levantamento do embargo de vendas de armas", mantido pela UE há 17 anos."

Cito esta notícia do Público de ontem para salientar alguns pontos que me parecem importantes. Em primeiro lugar, e como também percebeu o A. Teixeira @ Herdeiro de Aécio, trata-se de uma viragem fundamental na política diplomática chinesa. A China quer com esta participação atingir alguns pontos que vê como vitais para a sua afirmação como superpotência. Em primeiro lugar, como é dito na notícia, ganhar destaque na arena diplomática como problem-solver . Em segundo lugar, reforçar os canais de abastecimento do petróleo (já de si fortes, como se vê na sua posição em relação ao Darfur e ao Sudão e, sobretudo, em relação ao Irão), de que precisa cada vez mais sequiosamente. Em terceiro lugar, e de forma não despicienda , a China quer aquilo que pelo menos Prodi já lhe vai dar - armas.
Preparem-se pois incautos, the Chinese are coming !... Só resta saber se será melhor, pior ou complementar à superpotência americana...
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Os melhores javalis


O chefe viu:
   "Nightwatchers", Peter Greenaway

  

 

   "The Happening", M. Night Shyamalan

  

 

   "Blade Runner" (final cut), Ridley Scott

  


O chefe está a ler:
   "Entre os Dois Palácios", Naguib Mahfouz

O chefe tem ouvido:
   Clap Your Hands Say Yeah, Some Loud Thunder

   Radiohead, In Rainbows
 

por toutatis! que o céu não nos caia em cima da cabeça...

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