Segunda-feira, 6 de Novembro de 2006

Um pequeno passo na direcção da barbárie

Nos dias - meses, anos - que correm, a morte de uma pessoa no Iraque é pouco mais que uma gota no oceano, um facto que quase nem chega a ser notícia, de tão banal. A morte anunciada de alguém é menos banal, para mais tratando-se de Saddam Hussein, mas nem por isso deixa de ser, objectivamente, uma outra gota no oceano. Afinal, é apenas uma vida, quando nos últimos dias se perdem dezenas delas, a maior parte delas bem mais inocentes que o ex-ditador.
Ora, sendo deste ponto de vista quase insignificante, a anunciada condenação à morte de Saddam Hussein pela ordem de assassínio de cerca de 140 aldeões de Dujail, presumidos implicados numa falhada tentativa de o matar, não deixa de ser terrivelmente simbólica. Como alguém que se opõe terminantemente à pena de morte, não posso deixar de me sentir revoltado.
Embora se soubesse já há muito tempo que iria ser esta a sentença (antes mesmo do término do julgamento mais significativo  a que está a ser sujeito Saddam Hussein, pelo massacre da campanha Anfal - que eu muito gostaria que chegasse ao fim, pelo seu simbolismo, embora obviamente sem pena de morte), embora se tenha de relativizar uma morte mais num mar de barbárie quotidiana, o que ajuda a mitigar a minha revolta, é uma notícia duplamente simbólica - por se tratar de quem é, e pelo facto de condenar alguém à morte no Iraque de hoje ser, como disse acima, um passo mais no caminho da barbárie irreversível.
:
Abraracourcix o chefe falou sobre: ,
um discurso de Abraracourcix às 10:30
link do discurso | comentar - que alegre boa ideia!

Os melhores javalis


O chefe viu:
   "Nightwatchers", Peter Greenaway

  

 

   "The Happening", M. Night Shyamalan

  

 

   "Blade Runner" (final cut), Ridley Scott

  


O chefe está a ler:
   "Entre os Dois Palácios", Naguib Mahfouz

O chefe tem ouvido:
   Clap Your Hands Say Yeah, Some Loud Thunder

   Radiohead, In Rainbows
 

por toutatis! que o céu não nos caia em cima da cabeça...

Abraracourcix o chefe falou sobre

11 de setembro(18)

aborto(28)

admirável mundo novo(5)

aeroporto(3)

afeganistão(1)

alemanha(1)

altermundo(9)

ambiente(14)

amnistia(1)

austrália(1)

birmânia(1)

brasil(1)

camarate(1)

cambodja(1)

cartoons(31)

chile(4)

china(4)

cinema(15)

coreia do norte(4)

cuba(1)

cultura(29)

dakar(1)

democracia(10)

desporto(29)

economia(13)

educação(2)

egipto(1)

espanha(3)

frança(8)

futebol(4)

gaulesa aldeia(20)

h2homo(7)

holanda(4)

hungria(1)

igreja(6)

imigração(3)

incêndios(2)

índia(1)

indonésia(1)

internacional(151)

irão(7)

iraque(18)

irredutíveis gauleses(16)

japão(1)

kosovo(1)

laos(1)

líbano(16)

lisboa(1)

literatura(3)

madeira(2)

mauritânia(1)

media(8)

méxico(1)

música(7)

nacional(102)

nuclear(7)

odisseias(4)

palestina(4)

paquistão(1)

peru(3)

política(13)

polónia(2)

porto(1)

prémios(13)

reino unido(1)

religião(7)

rússia(6)

saúde(13)

síria(1)

sociedade(37)

sócrates(4)

somália(5)

srebrenica(5)

sudão(1)

tailândia(2)

tchetchénia(2)

tibete(5)

timor(2)

todas as estrelas do céu(26)

turquemenistão(1)

turquia(4)

ue(10)

uk(6)

ulster(2)

usa(21)

videos(6)

vietname(1)

zimbabwe(2)

todas as tags

procurar nos discursos

 

discursos recentes

Abraracourcix e a sua ald...

O fim do petróleo - cenár...

Não às detenções secretas

Razões antropológicas par...

Altermundo reaberto

Vive la France

Bem vindos ao Turquemenis...

Break my arms...

Editors

O PCP e o Tibete: a minha...

O PCP e o Tibete: respost...

Mais um pouco de luz para...

Luz ao fundo do túnel par...

Mail por mim enviado ao P...

Eleitoralismo precoce

discursos antigos

Julho 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Janeiro 2005

Outubro 2004

Setembro 2004