Sexta-feira, 4 de Abril de 2008

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Quinta-feira, 27 de Março de 2008

Portishead de honra

Ver os Portishead foi, para começar, o culminar de 10 anos de espera - desde o seu anterior e único até agora concerto em Portugal, numa edição do Sudoeste a que não pude ir (PJ Harvey e Portishead na mesma noite... fiquei choroso e invejoso em casa, a ouvir os concertos na Antena 3, que na altura não se apanhava bem onde morava); desde os dois álbuns anteriores que muito me marcaram.
O concerto foi exactamente aquilo que se esperaria de um concerto dos Portishead, agora ou há 10 anos. Esta seria uma frase não muito positiva se se tratasse da maioria dos grupos, mas não neste caso, porque o que se espera dos Portishead é sempre muito, só pode ser muito. E muito foi o que eles deram...
Já tinha escrito que o novo álbum, "Third", é mais radical, cru, agressivo. Mesmo sem estar à espera da repetição de "Dummy" ou "Portishead", da primeira vez que o ouvi estranhei muito. Da segunda vez, estranhei menos. Da terceira, gostei bastante. Pois bem, em concerto as novas músicas quase parecem "velhas", integrando-se perfeitamente entre os "clássicos" Mysterons, Over, Cowboys, Glory Box ou Wandering Stars - esta em versão mais despida, estilo "todos sentados no chão a tocar".
De resto, para mim os melhores momentos da noite até foram algumas das novas canções - claro que os "clássicos" também estiveram à altura, mas esses trazem-nos os sorrisos de reconhecimento de um velho amigo que não víamos há muito tempo. Fabulosa foi We Carry On (a minha preferida de "Third") a fechar o encore com Beth Gibbons a mergulhar nas primeiras filas de público para de lá só sair vários minutos depois, excelente Machine Gun (a canção mais estranha, que eles fazem questão que venha a ser o single de apresentação por esse mesmo motivo) a encher o coliseu de metralha disparada pela furiosa bateria, de arrepiar Threads e a voz de Beth Gibbons a entrar-nos pela espinha adentro.
Adormeci pois com estas imagens na mente,






acordei hoje ainda com estas canções nos ouvidos e ouço-as ainda enquanto escrevo (mais não seja por estar a ouvir o concerto no Windows Media Player), as guitarras, a bateria, a voz de Beth Gibbons marcando o ritmo a que dedilho o teclado...
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Terça-feira, 25 de Março de 2008

O fiasco dos Javalis de Ouro 2007

Gaulesas e gauleses, estou triste com vocês. Extremamente desiludido. A vossa participação na designação dos vencedores dos Javalis de Ouro 2007 foi um rotundo zero. Nem um voto...  Digam-me por favor: o que fiz mal? Foi o timing? O site das sondagens não funcionou? Gostaria de saber, para melhorar possíveis erros para a próxima edição...

Bom, já que ninguém votou, cabe-me a mim a democrática decisão (afinal, fui o único que votei) de designar os vencedores dos fabulosos, estelares, Javalis de Ouro. Sendo assim, os vencedores são:

Melhor filme:
In the Valley of Elah


Melhor realizador:
Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud, Persepolis


Melhor argumento:
In the Valley of Elah


Melhor actor:
Daniel Day Lewis, There Will Be Blood


Melhor actriz:
Ellen Page, Juno
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Sábado, 22 de Março de 2008

It's Portishead time!

Só faltam 4 dias (para mim e para os restantes Portisheadianos portuenses, por uma vez beneficiados em relação aos lisboetas) para o mais aguardado regresso dos últimos 10 anos - os mesmos 10 anos que os Portishead demoraram a regressar...
Como já repararam pela decoração e pela banda sonora desta aldeia, já estou em plena contagem decrescente, em pleno estágio para o que afortunadamente será o primeiro concerto da tournée de apresentação do novo álbum, "Third", ainda não oficialmente disponível - já sabem o que quer aqui dizer "oficialmente"...
(off the record, aqui neste blog recôndito onde ninguém presta atenção, já o tenho: o download demorou 5 minutos - cerca de 60 Mb, façam as contas à velocidade e ao número de fontes disponíveis um mês antes do lançamento do álbum... - e apenas direi aos fâs hard core que não esperem a recriação dos melífluos momentos trip-hop dos dois álbuns anteriores: aqui temos algo muito diferente, radical quase, muito mais cru, tão diferente que vou demorar a entranhar e poder dizer se é bom ou não - para já é apenas diferente, muito diferente)

PS - Vá lá, votem lá nos filmes...
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Quinta-feira, 20 de Março de 2008

Apelo à participação democrática

Já há quase uma semana que está disponível a votação para os Javalis de Ouro - melhores filmes de 2007 aqui no Altermundo, e constato para minha grande tristeza que ainda ninguém votou - zero votantes.
Eu bem sei que este ano falhei redondamente o melhor timing para esta iniciativa, que é por altura dos Oscares, mas mesmo assim estão-me a desiludir, caros gauleses! Nem um de vocês se dignou votar?! Realmente, o nível de participação democrática parece espelhar o do país em que vivemos...
Vamos, votem!!
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Quarta-feira, 19 de Março de 2008

Flames to dust... Arthur C. Clarke (1917-2008)

siseneG

And God said: 'Lines Aleph Zero to Aleph One - Delete'.
   And the Universe ceased to exist.
Then She pondered for several aeons, and sighed.
'Cancel Programme GENESIS', She ordered.
   It never had existed.


Este pequeno conto acima bem podia ser o epitáfio de Arthur C. Clarke, que deixou de existir ontem, aos 90 anos. Claro que ele nunca deixará de existir - o seu nome sobreviverá sempre, como autor de ficção científica, como nome de asteróide, como nome de órbita geoestacionária.
Acima de tudo, a sua influência sobre tantos que leram os seus livros e contos, tantos que viram os filmes inspirados no que escreveu, ficará.
Incluo-me nesse grupo. Posso mesmo dizer que foi Arthur C. Clarke que me mostrou o que era, ou o que podia ser, a ficção científica, que me ensinou a amá-la. Ele é, para mim, a própria definição de ficção científica: não o mero desenrolar de fantasias futurísticas, mas uma chave para, através do entrever de possíveis futuros do Homem, nos fazer pensar em questões políticas, metafísicas, religiosas - da guerra fria ao racismo, da consciência do lugar do Homem no Universo à própria noção de deus.
Em honra desse talvez meu primeiro grande ícone da literatura (porque enquanto a maior parte da ficção científica talvez não seja por muitos considerada literatura, a obra de Arthur C. Clarke é uma das honrosas excepções), que tanto me ensinou, tanto me fez pensar, que moldou tanto da forma como penso, das coisas em que penso, tanto daquilo que sou hoje, em honra de Arthur C. Clarke hoje o Altermundo veste-se de negro, não só como sinal de pesar mas também em honra dos mundos que nos deu a descobrir.
Também Assurancetourix na sua cabana decidiu honrá-lo, mudando por hoje a banda sonora de fundo desta aldeia. Para além disso, fica a imagem da capa da colectânea de todas as suas curtas histórias, perto de 1000 páginas que comprei há anos e nunca acabei de ler - o que me comprometo agora a fazer, junto com alguns dos seus livros que ainda não li.
Para quem esteja curioso sobre a sua obra, aconselho a começarem não pelo óbvio 2001 e sequelas, mas pela trilogia Rama - Rendezvous with Rama, The Garden of Rama e Rama Revealed. Passem depois por Childhood's End, The Songs of Distant Earth e The Fountains of Paradise, e a vossa percepção do Universo, do mundo, do Homem, de vocês próprios, terá mudado para sempre.
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um discurso de Abraracourcix às 17:41
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Flames to dust... (encore altermundístico)

Reunion

People of Earth, be not afraid. We come in peace—and why not? For we are your cousins; we have been here before.
You will recognize us when we meet, a few hours from now. We are approaching the solar system almost as swiftly as this radio message. Already, your sun dominates the sky ahead of us. It is the sun our ancestors and yours shared ten million years ago. We are men, as you are; but you have forgotten your history, while we have remembered ours.
We colonized Earth, in the reign of the great reptiles, who were dying when we came and whom we could not save. Your world was a tropical planet then, and we felt that it would make a fair home for our people. We were wrong. Though we were masters of space, we knew so little about climate, about evolution, about genetics….
For millions of summers—there were no winters in those ancient days—the colony flourished. Isolated though it had to be, in a universe where the journey from one star to the next takes years, it kept in touch with its parent civilization. Three or four times in every century, starships would call and bring news of the galaxy.
But two million years ago, Earth began to change. For ages it had been a tropical paradise; then the temperature fell, and the ice began to creep down from the poles. As the climate altered, so did the colonists. We realize now that it was a natural adaptation to the end of the long summer, but those who had made Earth their home for so many generations believed they had been attacked by a strange and repulsive disease. A disease that did not kill, that did no physical harm - but merely disfigured.
Yet some were immune; the change spared them and their children. And so, within a few thousand years, the colony had split into two separate groups - almost two separate species - suspicious and jealous of each other.
The division brought envy, discord, and, ultimately, conflict. As the colony disintegrated and the climate steadily worsened, those who could do so withdrew from Earth. The rest sank into barbarism.
We could have kept in touch, but there is so much to do in a universe of a hundred trillion stars. Until a few years ago, we did not know that any of you had survived. Then we picked up your first radio signals, learned your simple languages, and discovered that you had made the long climb back from savagery. We come to greet you, our long-lost relatives—and to help you.
We have discovered much in the eons since we abandoned Earth. If you wish us to bring back the eternal summer that ruled before the Ice Ages, we can do so. Above all, we have a simple remedy for the offensive yet harmless genetic plague that afflicted so many of the colonists.
Perhaps it has run its course—but, if not, we have good news for you. People of Earth, you can rejoin the society of the universe without shame, without embarrassment.
If any of you are still white, we can cure you.
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Sábado, 15 de Março de 2008

Está aberta a caça aos Javalis de Ouro!

Com muito atraso, da minha inteira responsabilidade e preguiça (só agora terminei de ver, com "There Will Be Blood" - recomendo unicamente pela prestação de Daniel Day Lewis, de resto não é grande coisa - os filmes da "colheita" que vai a prémios), coloquei finalmente no Altermundo a votação para os Javalis de Ouro - melhores filmes de 2007/08.
Tal como no ano passado, há 5 categorias (filme, realizador, argumento, actor, actriz), e 5 nomeados em cada uma. Peço-vos que votem, e que sigam os links dos filmes caso não o tenham visto, para pelo menos saberem do que se trata.

Filmes nomeados para este ano pelo excelso chefe Abraracourcix:

4 nomeações:
In the Valley of Elah, filme, realizador (Paul Haggis), argumento, actor (Tommy Lee Jones)

3 nomeações:
Control, filme, realizador (Anton Corbijn), actor (Sam Riley)
Eastern Promises, filme, realizador (David Cronenberg), argumento
Persepolis, filme, realizador (Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud), argumento

2 nomeações:
Shortbus, argumento, actriz (Sook-Yin Lee)

1 nomeação:
Paradise Now, filme
Iklimler (Climas), realizador (Nuri Bilge Ceylan)
Atonement, argumento
The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, actor (Casey Affleck)
There Will  Be Blood, actor (Daniel Day Lewis)
No Country for Old Men, actor (Javier Bardem)
4 luni, 3 saptamâni si 2 zile (4 meses, 3 semanas e 2 dias), actriz (Anamaria Marinca)
Juno, actriz (Ellen Page)
Michael Clayton, actriz (Tilda Swinton)
Lust, Caution, actriz (Wei Tang)
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Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008

"Persepolis", mais um filme a não perder

Enquanto não chegam as nomeações para os Javalis de Ouro - este fim-de-semana já estarei em condições de tratar disso, em princípio - mais uma recomendação do chefe: "Persepolis"!
É um filme auto-biográfico de animação que retrata a infância e juventude de Marjane Satrapi, uma contestatária iraniana que acabou por fugir do país e que através da sua história pessoal retrata o Irão, desde pouco antes da queda do Xá até ao presente.
Para além de a animação ser artisticamente bela, o argumento está bem montado, as vozes bem adaptadas à história (Chiara Mastroianni - deliciosa a versão de "Eye of the Tiger" cantada pela própria em versão "canto muito mal porque estou a ouvir o walkman e não ouço a própria voz" - não cantámos já todos assim?), Catherine Deneuve...), o filme prende-nos à sua história pessoal e à do Irão, enternece-nos, revolta-nos, dá-nos vontade de a conhecer, de visitar o seu país... Não percam!
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Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2008

A consagração dos irmãos Cohen

"No Country for Old Men", de Joel e Ethan Cohen, foi confirmado como melhor filme do ano, segundo a Academia americana. Serão talvez os últimos realizadores ditos "de prestígio" actuais que ainda não tinham uma estatueta careca em casa, e o facto de terem recebido, salvo erro, 4 Oscares vai ajudar a evitar lutas fraternais sobre a partilha das estatuetas. Não me posso pronunciar sobre a justeza ou não da atribuição, pois inexplicavelmente o filme ainda não estreou entre nós (também não tive tempo para ver o outro grande favorito, "There Will Be Blood", dada a estratégia de "estreias em pacote" que as distribuidoras seguem para verem os seus filmes nomeados estrearem o mais perto dos Oscares possível).
Quanto aos prémios de actuação, não houve nenhuma grande surpresa: Daniel Day Lewis confirmou o favoritismo e mitigou a desilusão por "There Will Be Blood" não ter ganho mais nenhum Oscar principal; Marion Cotillard foi aclamada pela sua Piaf; Javier Bardem e Tilda Swinton venceram os prémios para actor e actriz secundários. Quanto aos Oscares de argumento, foram para "Juno", o seu único, e para "No Country for Old Men" - 4 Oscares principais, não me lembro se mais algum técnico, fazem deste filme o grande vencedor da noite.
E agora vou-me, que deitar-me às 4h30 deixa marcas e preciso de um javali para acordar.
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Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008

Os Oscares estão a chegar

Aqui no Altermundo, estou mesmo já em contagem decrescente para esse evento que anualmente acompanho. Tal como no ano passado, vou propor a vocês, caros gauleses que por esta aldeia vão deambulando, que façam as suas próprias escolhas. Pretendia fazê-lo antes dos Oscares, para que a atribuição dos excelsos Javalis de Ouro ofuscasse o brilho das excelsas estatuetas da Academia. Infelizmente, e devido às questionáveis estratégias comerciais das distribuidoras portuguesas, não só alguns dos principais filmes candidatos só estrearam esta semana, em catadupa, o que me levará algum tempo para que os possa ver a todos, como um dos mais fortes filmes a concurso, No Country for Old Men, dos irmão Cohen e que tenho muita curiosidade em ver, só estrerá incompreensivelmente após os Oscares!... Alguém percebe as distribuidoras portuguesas?....
Como eu só nomeio filmes que tenha visto e como para fazer uma escolha de nomeados justa terei de ter visto os filmes tidos como mais fortes, penso que só na próxima semana poderei aqui colocar as sondagens para que o gaulês público possa votar nos Javalis de Ouro. Até lá - conselho de chefe - vão aproveitando também para ver bons filmes: In the Valley of Elah é imperdível, Michael Clayton (mais uma ante-estreia a que o cortês pasquim do sr. Belmiro me levou) é muito bom e There Will Be Blood consta que tem uma actuação arrasadora de Daniel Day Lewis.
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Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008

In the Valley of Elah: finalmente um grande filme sobre a guerra do Iraque

Tive o privilégio de assistir à ante-estreia de "In the Valley of Elah" (cortesia do pasquim do sr. Belmiro) e não posso deixar de deixar aqui uma vivíssima recomendação a todos os inúmeros dez leitores deste blog para que não percam este filme!
Como escrevi no título, finalmente foi feito um excelente filme sobre o Iraque - no caso, sobre a forma como a guerra se reflecte na sociedade americana, sobre os dilemas de quem é patriota, hasteia a bandeira americana como sinal de apoio às tropas, mas se questiona sobre a própria guerra, sobre se valem a pena os efeitos permanentes que deixa nos que de lá voltam.
O papel de Tommy Lee Jones é soberbo de contenção, pleno de um silêncio ensurdecedor, em que sem uma única palavra lemos nos seus olhos e no seu semblante cerrado a imensidão que lhe vai na alma, o seu terrível dilema, a queda no seu abismo moral. Não percam por favor.
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Quinta-feira, 17 de Janeiro de 2008

Prémios Personalidade do Ano 2007 - os vencedores

Acabei de fechar a votação para os Prémios Personalidade do Ano 2007.
Os democráticos vencedores deste ano:

Prémio Santana Lopes:
José Sócrates

Prémio Gandhi:
Al Gore


Prémio Bush:
Pervez Musharraf
e Vladimir Putin, ex aequo

Prémio Picasso:
Radiohead


Prémio Pimba:
Isabel Pires de Lima


Prémio Paris-Dakar:
Vanessa Fernandes

Prémio Bimbo da Costa:
Doping
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Sexta-feira, 4 de Janeiro de 2008

Prémios Personalidade do Ano 2007

À semelhança do que fiz no ano passado, mas desta vez de forma mais democrática, estou a promover uma votação para Personalidades do Ano de 2007, já disponível na barra direita do blog.
Para contextualizar um pouco a escolha, aqui ficam inks para a wikipedia e o meu argumento para a escolha dos "candidatos":

Nacional

Prémio El Rei D. João II:

não atribuído este ano, por falta de candidatos, ou apenas alguém que tenha feito o que quer que seja de positivo na política nacional (mas se alguém se lembrar, agradeço que desbloqueie a minha amnésia selectiva)

Prémio Santana Lopes:
Correia de Campos,  a Besta, cuja foto hiper-realista tem lugar cativo no Altermundo; é preciso dizer mais?
Manuel Pinho, campeão das gaffes e dislates, paladino-mor da incompetência que Sócrates quase parece gostar que o rodeie
José Sócrates: ele é que manda nos outros candidatos (e os dois que escolhi são só os exemplos mais paradigmáticos; até Teixeira dos Santos, a quem atribuí o prémio El-Rei D. João II o ano passado, foi contaminado); ele é que é o "presidente da Junta" (os nomes "lúgubre tugúrio", "escura catacumba", "choldra" ou equivalentes serviriam igualmente para descrever o estado deste nosso rectângulo, sem qualquer sinal de melhoras vindouras)

Internacional

Prémio Gandhi:
Al Gore, mais que merecido Nobel da Paz; é graças em grande parte ao seu hercúleo esforço (e mediatismo) que hoje em dia é impossível passar mais que um dia sem se falar do aquecimento global
Angela Merkel, dos poucos líderes europeus com L grande
Kevin Rudd, pelo simbolismo de ter adoptado, como primeiríssima medida depois de tomar posse como primeiro-ministro da Austrália, a ratificação do protocolo de Kyoto, autêntica bofetada de luva branca aos Estados Unidos e à sua anti-política ambiental

Prémio Bush:
Jaroslaw Kackynski, o incendiário (felizmente) ex-primeiro-ministro polaco
Pervez Musharraf, principal responsável por o Paquistão se ter tornado no lugar mais perigoso do mundo
Vladimir Putin, feiticeiro responsável pelo advir da nova guerra fria e pelo aniquilamento definitivo de toda e qualquer manifestação de democracia no maior país do mundo

Cultura

Prémio Picasso:
The Arcade Fire, a banda que se fala e de que me tornei, confesso, fanático; o seu segundo álbum, "Neon Bible", é tão bom como o já fantástico "Funeral"; o rock está vivo e bem vivo e o seu futuro passa por estes canadianos
Jonathan Littell, escritor americano que escreveu "Les Bienveillantes" ("As Benevolentes" na não completamente acertada tradução portuguesa), um calhamaço de 900 páginas em francês sobre o Holocausto na perspectiva de um SS; livro do ano em França, sensação um pouco por todo o lado; estou ansioso por começar a lê-lo, espero que o meu francês aguente a maratona
Radiohead: editaram um álbum novo, "In Rainbows", mas a nomeação é pelo lançamento do mesmo exclusivamente online, no site da banda e de preço livre (cada um pagava o que achasse justo, a começar por... zero!), acto que lançou o derradeiro prego no caixão da indústria musical; se para mim esta já estava morta, agora está morta e enterrada


Prémio Pimba:
Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP): se querem ver como se faz uma greve, olhem para Hollywood, onde os guionistas pararam em Novembro, como protesto pela política dos produtores, reunidos na AMPTP, de não lhes pagar pela difusão dos conteúdos de sua autoria na Internet ou em DVD, ameaçando já o desenvolvimento da maior parte das séries americanas, alguns filmes e mesmo a realização dos Óscares - não se pode fazer se ninguém escrever as piadas...
Indústria musical: Para além dos Radiohead, também Madonna e Prince já perceberam o que o futuro reserva e lhe viraram costas. Está morta e enterrada, como escrevi acima.
Isabel Pires de Lima: ministra da Cultura? Mas qual cultura?


Desporto

Prémio Paris-Dakar:
Roger Federer, há quatro anos imperador incontestado do ténis mundial; mesmo quando joga mal, joga bem.
Team Alinghi, equipa vencedora da Taça América em vela
Vanessa Fernandes, vencedora de tudo o que era prova de triatlo em 2007, provavelmente a nossa melhor desportista da actualidade

Prémio Bimbo da Costa:
Doping: no ciclismo, no atletismo, no desporto americano... os escândalos não param
Luiz Felipe Scolari: sou adepto do excelente trabalho que tem feito na selecção portuguesa, goste-se ou não do estilo e apesar da excessiva tremideira na qualificação para o Euro 2008; a agressão a Dragutinovic no final do Portugal-Sérvia, no entanto, é completamente indesculpável e é por isso que o nomeei
Selecção portuguesa de hóquei em patins: com um historial ímpar na modalidade, sendo ainda a selecção com mais Mundiais ganhos, Portugal sempre se tinha qualificado pelo menos para as meias-finais desta competição. Até 2007.
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Segunda-feira, 19 de Março de 2007

E os Javalis de Ouro vão para...

É altura de anunciar os vencedores dos mui prestigiantes galardões do Altermundo. Devo frisar que decidi ser inteiramente democrático e nomear vencedores os mais votados na sondagem que vai estar até ao final do ddia disponível na barra direita. Para corrigir eventuais injustiças (na minha óptica), criei o Javardo de Prata, ou menção honrosa, premiando quem eu acho que deveria ganhar mas não conseguiu, por falta de votos ou por os votantes não terem visto os respectivos filmes.
Aqui ficam então os vencedores:

Melhor filme:
O Javali de Ouro vai para...
Babel

Melhor realizador:  
O Javali de Ouro vai para...
Martin Scorsese, The departed

Melhor actor:           
O Javali de Ouro vai para...
Leonardo diCaprio, The departed

Melhor actriz:           
O Javali de Ouro vai para...
Helen Mirren, The queen

e um javardo de prata para...
Judi Dench (Notes on a Scandal), por uma performance absolutamente brutal, monstruosa no bom sentido do termo

Melhor argumento:    
O Javali de Ouro vai para...
Perfume
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Os melhores javalis


O chefe viu:
   "Nightwatchers", Peter Greenaway

  

 

   "The Happening", M. Night Shyamalan

  

 

   "Blade Runner" (final cut), Ridley Scott

  


O chefe está a ler:
   "Entre os Dois Palácios", Naguib Mahfouz

O chefe tem ouvido:
   Clap Your Hands Say Yeah, Some Loud Thunder

   Radiohead, In Rainbows
 

por toutatis! que o céu não nos caia em cima da cabeça...

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